Peço a todo momento que a verdade apareça e envergonhe
aqueles que aparecem como verdadeiros papagaios de piratas, apoiados em ombros
de aparentemente conhecedores de Orumila,
com seus lindos certificados expostos, passeando por povoados africanos,
com suas maquinas fotográficas, fazendo poses em um grande turismo!
Peço que a verdade apareça,
e envergonhe aqueles senhores que praticam o famoso CTRL C E CTRL V, em
sagrados, divulgando deturpadamente partes de um todo, confundindo mentes
desconhecedoras.
Peço que a verdade apareça e envergonhe aqueles sacerdotes
que manipulam situações, fazendo o sacerdócio de venda de guerreiros, fazendo
do sacerdócio um verdadeiro comércio deslavado e vergonhoso.
Peço que a verdade apareça e envergonhe aqueles que praticam
verdadeiros "puxadinhos religiosos", misturando práticas heterogêneas,
fazendo uma espécie de “umbadombléfá” para tentar satisfazer a grande maioria e
conseguir mais ” clientes”. Quem fica em cima do muro, uma hora toma uma
pedrada e cai.
Raízes fortes suportam árvores grandes e frondosas. Devem ser cultuadas com respeito, entendida
na essência e não ser “adaptadas” de maneira fútil, onde a conveniência momentânea
determina e norteia a fé.
Ainda falo que as cabeças que procuram esse tipo de gente, é
porque merecem. Considero como anomalias, algumas práticas que arrepiam meus últimos
fios de cabelo. Mas a seleção natural ocorre a cada momento, pois a velocidade
que coloca esse tipo de gente em tronos enfeitados é a mesma velocidade que os
derruba com a face no chão. Lugar de Babalawo é com seus apetrechos sagrados
sentado na esteira atefando, jogando opelé e estabelecendo para cada consulente
e/ou afilhados, modos, formas, estratégias para que a verdade daquela pessoa
seja alcançada de maneira segura, estruturada. Babalawo não é rei… Babalawo é peregrino…
Babalawô é apenas uma ferramenta utilizada por Orumila para dizer a verdade a
cada momento. Que desocupem o Trono já!
Os nomes dos nossos antigos devem ser respeitados e não utilizados
por alguns desavisados como uma espécie de fiança desmedida. Eles fizeram sua historia e cabe a nós agora,
honrar estes senhores e fazer a nossa. Devem ser lembrados em nossa “mojubas”
com respeito e não ser meros fiadores daqueles que fazem da nossa religião esse
comercio vergonhoso que vivenciamos a cada dia. Nós, que peregrinamos até o
Igbodu ifá, passamos pelos sacrifícios e por todas as cerimonias, devemos
honra-las a cada minuto antes de utilizar de inverdades e adaptações para
satisfazer vontades alheias. Não há mais
espaço para mídias que deturpam, não há mais espaço para adaptações, não há
mais espaço para meias verdades.
Que caia a demagogia imediatamente, sob pena de sermos mais
uma vez sacrificados por representar de forma ilusória, com base porosa a
história da nossa religião.
Awo di Orumila Ifá Obá Towa!