quarta-feira, 30 de maio de 2012

Verdade... simplesmente a verdade!



Peço a todo momento que a verdade apareça e envergonhe aqueles que aparecem como verdadeiros papagaios de piratas, apoiados em ombros de aparentemente conhecedores de Orumila,  com seus lindos certificados expostos, passeando por povoados africanos, com suas maquinas fotográficas, fazendo poses em um grande turismo!
 Peço que a verdade apareça, e envergonhe aqueles senhores que praticam o famoso CTRL C E CTRL V, em sagrados, divulgando deturpadamente partes de um todo, confundindo mentes desconhecedoras.
Peço que a verdade apareça e envergonhe aqueles sacerdotes que manipulam situações, fazendo o sacerdócio de venda de guerreiros, fazendo do sacerdócio um verdadeiro comércio deslavado e vergonhoso.
Peço que a verdade apareça e envergonhe aqueles que praticam verdadeiros "puxadinhos religiosos", misturando práticas heterogêneas, fazendo uma espécie de “umbadombléfá” para tentar satisfazer a grande maioria e conseguir mais ” clientes”. Quem fica em cima do muro, uma hora toma uma pedrada e cai.
Raízes fortes suportam árvores grandes e frondosas.  Devem ser cultuadas com respeito, entendida na essência e não ser “adaptadas” de maneira fútil, onde a conveniência momentânea determina e norteia a fé.
Ainda falo que as cabeças que procuram esse tipo de gente, é porque merecem. Considero como anomalias, algumas práticas que arrepiam meus últimos fios de cabelo. Mas a seleção natural ocorre a cada momento, pois a velocidade que coloca esse tipo de gente em tronos enfeitados é a mesma velocidade que os derruba com a face no chão. Lugar de Babalawo é com seus apetrechos sagrados sentado na esteira atefando, jogando opelé e estabelecendo para cada consulente e/ou afilhados, modos, formas, estratégias para que a verdade daquela pessoa seja alcançada de maneira segura, estruturada. Babalawo não é rei… Babalawo é peregrino… Babalawô é apenas uma ferramenta utilizada por Orumila para dizer a verdade a cada momento. Que desocupem o Trono já!
Os nomes dos nossos antigos devem ser respeitados e não utilizados por alguns desavisados como uma espécie de fiança desmedida.  Eles fizeram sua historia e cabe a nós agora, honrar estes senhores e fazer a nossa. Devem ser lembrados em nossa “mojubas” com respeito e não ser meros fiadores daqueles que fazem da nossa religião esse comercio vergonhoso que vivenciamos a cada dia. Nós, que peregrinamos até o Igbodu ifá, passamos pelos sacrifícios e por todas as cerimonias, devemos honra-las a cada minuto antes de utilizar de inverdades e adaptações para satisfazer vontades alheias.  Não há mais espaço para mídias que deturpam, não há mais espaço para adaptações, não há mais espaço para meias verdades.
Que caia a demagogia imediatamente, sob pena de sermos mais uma vez sacrificados por representar de forma ilusória, com base porosa a história da nossa religião.

Awo di Orumila Ifá Obá Towa!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Babalawos…


Na lógica da Religião Yorùbá, Olódùnmarè, nosso Deus maior, onipotente e onipresente dentro de sua imensa sabedoria quando criou o homem à sua semelhança e perfeição e determinou sua vida na terra, nos deixou também uma forma para que pudéssemos conhecer a trajetória de nosso destino e desta forma minimizar nosso sofrimento, enquanto seres que desconectados do EU Divino, sozinhos, não temos noção de nossas vidas, nem para onde ir, nem o que fazer diante das inúmeras situações que nos deparamos em nosso dia a dia.
Esta bússola que nos conduz a ir em direção daquilo que é o melhor para todos nós é Òrúnmìlà-Ifá aquele que Olódùnmarè permitiu que fosse a testemunha da criação de tudo o que na terra existe, portanto o “guardião dos segredos”, que estava presente em nossa criação primeira e também a cada vez que aqui retornamos no processo de evolução.
Òrúnmìlà-Ifá, portanto é aquele que através do jogo divinatório fala o seu passado, seu presente e seu futuro. É o código decifrado do destino individual de cada ser humano, que trazemos quando nascemos, sendo um culto específico onde os portadores desta sabedoria são chamados de Bàbáláwò, “o Pai dos Segredos”.
No Culto a Ifá, os Bàbáláwò são pessoas escolhidas pela divindade através do jogo de Opele-Ifá, pois necessitam reunir em sua personalidade um caráter compatível com a missão que será desenvolvida, e onde não é permitido a traição, a falsidade, o orgulho, a vaidade, tendo que reunir uma forma de caráter muito especial, além da inteligência, para ser um iniciado. Neste Culto as pessoas não se candidatam a Bàbáláwò. Na África, após o nascimento de uma criança ela já é levada a um Bàbáláwò para que os pais saibam o que será melhor para o seu destino, e desta forma encaminhada para a missão na qual nasceu. Os escolhidos, quando atingem a idade necessária são encaminhados então ao templo e ali com os anciãos serão iniciados no culto e passam a adquirir o conhecimento dos segredos, a conduta necessária para que nunca percam este poder e a forma de como ajudar aos outros em qualquer tipo de aflição.
Dentre estes escolhidos, alguns serão encaminhados para ser Bàbáláwò, e outros para ser o Omo-Ifá, aqueles que acompanharão o Bàbáláwò em tudo o que fizerem, mas que nunca poderão atingir ao grau maior da sabedoria embora esteja presente e ciente de todos os rituais sagrados. Este código será decifrado através dos 16 Odù, que são os 16 Òrìsà primordiais, ou seja, o retrato de nosso caminho na terra que podem ser multiplicados por mais 16 e assim por diante, podendo chegar a 23.368 poemas de Ifá, retratando todas as formas emocionais e os problemas adquiridos pelo ser humano. Para cada caminho (destino) existem inúmeras rezas e ensinamentos passados oralmente ao iniciado permitindo com isto que além de conhecer nosso sofrimento apresente também a sua solução. Olódùnmarè não nos deixaria aqui somente para sofrer e andarmos desgovernados, isto não está incluso na lógica da criação, a única coisa é que o poder do conhecimento não pode estar nas mãos de qualquer um, uma vez que os níveis do caráter humano não são iguais, e que na maioria das vezes as pessoas vão moldando sua forma de ser de acordo não com o seu código interior, mas sim refletindo a força externa da sociedade em que vive.
Este treinamento requer muitos anos, de prática, rituais, e absorção do conhecimento, até que recebam de seus anciãos a autorização final para também desempenhar a função de Bàbáláwò.
Os Bàbáláwò adquirem poderes e como a própria tradução diz “Guardião dos Segredos”, seus poderes sobrenaturais são inúmeros e chegam além da morte, pois dentro dos ensinamentos aprendem a manipular poções e magias que podem curar inúmeras doenças, trazendo vida às pessoas muitas vezes desenganadas pela ciência comum. Além da cura, eles têm conhecimentos no preparo de magias para que tenhamos proteção contra a violência, acidentes, alcançarem a prosperidade, resolver casos amorosos, trabalhando com as folhas (Ewé), conseguem passar de um elemento para o outro o campo das energias em prol da felicidade do ser humano.
No campo espiritual eles podem ouvir a palavra dos ancestrais, em qualquer lugar do mundo, pois conhecem a língua sagrada. Seus conhecimentos permitem que interrompam o ciclo de uma criança Àbíku ( que nascem e morrem em poucos dias, ou que sobrevivem sob o perigo da morte constante), evitando novo sofrimento para seus pais, assim como o culto a Egbe ( grupos espirituais que ficam no astral para atrapalhar as pessoas). Cultuando as Ìyáàmi Osoronga, (as Mães Feiticeiras), podem se transportar de um local para outro, e vir à presença dos mortos que vivem junto de nós.
Fonte: asseomodura

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Respostas para todas as Perguntas...


 
O problema não é você fazer perguntas; o problema está onde você vai buscar respostas. Acreditamos que Orunmilá é o único que pode nos dar respostas possíveis para as dúvidas do nosso cotidiano e até mesmo para as questões mais existenciais.

A palavra de Orunmila nunca vai ao chão por uma questão muito simples. Ele é o testemunho da criação. Numa analogia cristã, poderiamos dizer que Olodumare seria algo próximo ao Espírito Santo, componente da Santíssima Trindade. Muitas pessoas não conseguem entender a religiosidade de matriz africana como monoteísta, mas ela é. Olófin, Olodumare e Orunmila, são os elementos constituintes e a base fundante do universo e da cosmovisão Yorubá. Olófin, o Ser Supremo que determina o ser e estar; Olodumare como o que define as ações e Orunmila como aquele que traz ao ser humano as palavras e conselhos para um ser e estar melhor neste mundo.

Orunmila e, portanto, o Culto de Ifá é para todas as pessoas, de qualquer lugar do mundo, praticantes de qualquer religião. Pois Ifá, paira acima das religiões, dando-nos, na verdade, não apenas as respostas espirituais que qualquer religião busca dar, mas dando-nos a CERTEZA daquilo que fomos buscar.

Nós, ao conhecermos Ifá, aprendemos que as decisões em nossas vidas precisam sempre estar calcados no que determina Orunmila pois, sendo ele o detentor de todas as respostas, é também aquele que sabe todas as perguntas. Assim, erramos menos, somos mais felizes, nos encontramos com nós mesmos, e damos fim àquela clássica angústia que nos faz perguntar o tempo todo o que estamos fazendo aqui.

Viva Ifá, viva Orunmilá, viva o Culto de Ifá que é o mais antigo de todos os Oráculos e o mais preciso em todas as respostas.

Iboru, Iboya, Iboshishe!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Orumila... Orula...




Orunmila ou Orula (apelido dado a ele na América Latina) é o Orishá da adivinhação, o oráculo supremo. É o grande benfeitor da humanidade e seu principal conselheiro. Ele revela o futuro através dos segredos de Ifá. É também um grande curador e quem ignora seus conselhos pode sofrer as consequências do que poderá acontecer, pois Orula sabe o destino de todos.

Orula representa a sabedoria, a inteligência, a malícia e a astúcia que sobrepõem o mal. Quando Olodumare criou o Universo, Orula estava ali como testemunha. É por isso que ele conhece o destinho de tudo o que existe. É por isso que lhe chamam de eleri-ipin ibikeji Olodumare (Testemunha de toda a criação de Olodumare).


"Orula elerí ipín

Iré keji Olodumare Onatumo agbedebeyo
Alapa siyan iwi Oduduwa
Aché ishe miní, Orula somo somo
Orula Iboru, Orula Iboyá, Orula Ibosheshé"

Orula é o primeiro profeta da religião Yorubá enviado por Olodumare para fiscalizar os nascimentos, a vida e o desenvolvimento dos seres humanos e outras espécies. Adinho e dono dos Oráculos por excelência e interpretador de Ifá. Esteve na terra como profeta com os 16 ancestrais celestiais (Os Meyis de Ifá), entre o ano 2000 e 4000 AC. Seu culto provém de Ilé Ifé e seu nome provém do Yorubá Òrúnmìlà ("Só o céu conhece quem se salvará") .


Personifica a sabedoria e a possibilidade de influir sobre o destino. Quem não acata os conselhos de Orula, sejam homens ou Orishás, podem ser vítimas dos Osogbos que possam estar em seus destinos. Inseparável amigo de Shangó, quem lhe proporcionou com permissão de Olófin o dom da adivinhação e de Eshú, seu fiel aliado. Orula forma uma importante trindade com Olófin e Oduduwá . Só aqueles elegidos por ele podem entrar em seu culto através de "a mão de Orunmilá" (Awó Fakan) para os homens e Iko Fá para a mulheres que são consideradas mulheres de Orunmilá e recebem o nome de Apetebi, sendo essa a maior e mais importante consagração que uma mulher recebe no culto de Orula. No caso dos homens podem chegar a ser, se assim Orula decidir, sacerdotes e receberão o nome de Babalawos.


Orula tem o conhecimento das coisas secretas do ser humano e da natureza, assim como o conhecimento acumulado sobre a história da humanidade. No plano humano representa a espiritualidade de todos os Awós ni Orunmilá que já morreram. É o orishá detentor e intérprete dos Odús do oráculo de Ifá. Não se assenta na cabeça e só se comunica através de seu oráculo (Opelé ou Ikins). Goza do privilégio de conhecer o princípio e origem de todas as coisas, incluindo os Oshas e Orishás. Permite que o homem conheça seu futuro e influa sobre ele. Está muito relacionado com Eshú e Osun ou Ozun (Não é Oshún é um outro Orishá).


Orula está presente no momento em que o espírito vai encarnar em um indivíduo e está elegendo seu destino. Representa a segurança, o apoio e o conselho ante a insegurança da vida. Com sua ajuda tudo é possível. Seus sacerdotes poderão ser os melhores líderes, os mais místicos e mais sábios. Eshú é o seu ajudante. O sacerdócio do Orishá Orula existe no mesmo conceito em que pode existir o sacerdócio a outros Oshas e Orishás com a diferença de que babalawo é um título exclusivo para homens e esses não entram em transe. As mulheres podem chegar a consagração de Ikofá ni Orunmilá e tem o privilégio de serem escutadas com maior "atenção" do que os homens, pois as mulheres iniciadas se tornam Apetebis, ou seja, mulheres ou esposas de Orunmilá as quais ele trata com muito carinho. Seus sacerdotes não entram em transe e não podem tirar caracóis (Meridilogun ou Búzios), somente Opelés e Ikins.


Suas cores são o verde e o amarelo. Se saúda: Orula Iboru Orula Iboya Orula Iboshishe!


Quando Obbatalá concluiu a criação do primeiro homem, Olófin convocou a todos os Orishás para que estivessem presentes na cerimônia de dar-lhe o sopro vital. Todos se ajoelharam e inclinaram a cabeça naquele momento sagrado, mas só Orunmilá, o qual Olófin tomou como ajudante por sua reputada seriedade e sabedoria, pode ver como Olófin punha o Eledá (Orishá de cabeça) no Orí dos humanos.


Terminada a cerimônia celebraram o acontecimento, então Olófin disse: Só Orunmilá foi testemunha da ação que realizei, por isso quando o homem quiser conhecer o seu Eledá, Orunmilá será o único que poderá comunica-lo".


Orunmilá Iboru Orunmilá Iboya Orunmilá Iboshishe!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Consulta de Ifá


      Este mito fala sobre o retorno final de òrúnmilà para o òrun, ficando os Ikin como seus representantes na Terra. Tem inicio num determinado tempo, quando Òrúnmilà ainda não possuía filhos e seus oponentes o recriminavam: “Bàbá ò ní bí omo ni ife.”[“O pai que não tem filhos em Ifé”]. Mas estavam enganados, pois mais tarde ele veio a ter oito filhos que se tornariam reis em várias cidades yorubás.
      O primeiro filho foi denominado Alárá, o rei da cidade de Ará; o segundo foi Ajerò, rei de Ìjerò; o terceiro, Olóyémoyin, rei da cidade de Oyé; o quarto, Alákegi; o quinto, Óntagi-òlélé, rei de Ìtagi; Eléjèmòpé, de Ìjèlú; Owaràngún-àga, título de sacerdotes de Ifá; e Olówò, rei de Òwò.
      Òrúnmìlá sentiu-se realizado, e, por ocasião de uma grande solenidade, quando celebrava um ritual, mandou chamar seus filhos. Atendendo ao chamado, todos prestaram obediência ao pai, saudando-o com a expressão: “Àborúboye bo síse”. [“Que os rituais sejam abençoados e aceitos.”]. Apenas Olówó se recusou a saudar Òrúnmilà. Além disso, ele estava todo vestido de forma idêntica ao pai, o que significava uma afronta e desrespeito à autoridade paterna.
      Òrúnmilà exigiu que ele dissesse as mesmas palavras que os irmãos, mais ele se recusou, permanecendo de pé e dizendo:
“Òrúnmilà, você se veste com a roupa òdùn, e eu me visto com a mesma roupa; você empunha o òsùn feito de bronze, também tenho o meu cajado de bronze; suas sandálias são de bronze, as minhas também são; você usa uma coroa, e eu também. Assim, uma cabeça coroada não se curva para outra cabeça coroada.”
      Diante do que esta vendo – uma total afronta à sua autoridade -, Òrúnmilà se enfureceu e arrancou o òsùn das mãos de Olówó, o que significava a cassação da autoridade. Mas não ficou apenas nisso. O fato levou Òrúnmilà a se retirar do plano terrestre e retornas ao òrun. O resultado foi a fome, a peste, as doenças, a esterilidade, pois Òrúnmilà representava o príncipio da ordem, da sabedoria, da fertilidade. Sua partida levou a Terra a um colapso, ameaçando a extinção humana.
Os habitantes da Terra se viram clamando pela sua volta. Os rios secaram, os doentes continuaram enfermos, as espigas de milho brotavam, mas não amadureciam. Sacrificios foram feitos, mas sem resultado algum. Pediram que os filhos intercedessem pelo seu retorno a fim de restaurar a ordem das coisas.
      Diante disso, os filhos foram até o òrun para pedir que o pai voltasse. Rogaram e recitaram preces de louvore. Mas o pai, mesmo com a decisão já tomada, ordenou-lhes os dezesseis Ikin, os coquinhos sagrados de Ifá, dizendo-lhes: “Quando chegarem em casa, se desejarem possuir dinheiro, serão esses Ikin que deverão consultar; se desejarem esposas e filhos, serão esses Ikin que deverão consultar.”
      Fazendo um determinado ritual, Òrúnmilà reassumiu sua autoridade, colocando-se como a ligação entre o òrun e o àiyé. Deixou de herança a seus filhos e discípulos o sistema de adivinhação que permitiria invoca-lo em todos os momentos necessários

IBORU, IBOYA, IBOSHESHE


"Onde Olófin prendeu todos os babalawos"

Olófin sentenciou aos babalawos, à serem presos e decapitados.

Somente ficou faltando ORUMILA "Ogunda Meyi", porque estava dando comida à sua cabeça e fazendo ebbó. 

Os animais sacrificados foram cozidos e colocados numa bolsa com outros axés.
Partiu em direção à casa de Olófin, no meio do caminho sentou-se embaixo de uma árvore e viu uma mulher na beira de um rio, que falou: Cuidado veio parindo uma bananeira ( falou em parábolas).
A mulher lhe disse que havia muitas ciladas pelo caminho.
ORUMILA "Ogunda Meyi" lhe deu uma galinha e lhe perguntou o seu nome, esta responde: IBORU
IBOYA

Seguindo o seu caminho ORUMILA "Ogunda Meyi" encontrou-se com outra mulher cortando lenha que ao vê-lo falou:
Que todos os Babalawos ficaram presos, tenha cuidado!
Orumila tirou de sua bolsa uma galinha e deu a mulher de presente e perguntou seu nome, e ela respondeu: IBOYA IBOSHESHE

Ogunda Meyi se despediu da segunda mulher e seguiu seu caminho, mais na frente encontrou a terceira e última mulher.

Esta lhe disse que Olófin desejava casar sua filha, Ogunda Meyi lhe deu de presente uma galinha e perguntou o nome dela e esta respondeu:IBOSHESHE

Ogunda Meyi chegando à casa Olofin lhe falou que o estava esperando para fazer um jogo (osode), porque tenho em uma parente grávida, e gostaria de saber qual ebó seria necessário para que a mulher parisse bem.

Ogunda Meyi que sabia da cilada lhe respondeu:
Não precisa ebo, porque a bananeira não pode parir, descoberto o segredo de Olofin, além disso lhe falou que mantinha presos todos os demais babalawos, e deberia soltá-los rapidamente em seguida para poder salvar-se e que ele também desejava casar a sua filha.
Olófin desconcertado e vendo que tudo era verdade libertou à todos os babalawos.
Ao sair Ogunda Meyi lhe disse que isto havia acontecido por desobediência por dar de comer a sua cabeça e fazer ebbó.

Agradecido Olófin disse Odupe O.
Porém Ogunda Meyi sabia da cilada, pois as três mulheres o avisaram. Orunmilá tomou as três mulheres como esposa e lhe disse que deste dia em diante deveria dizer:

IBORU, IBOYA, IBOSHESHE