“Há dias em que se tem a impressão
de se estar dentro de um espesso nevoeiro.
Tudo parece monótono e difícil
e o coração fica triste.
É a noite escura da alma.”
Era meu aniversário e justamente um destes dias estranhos, quando pensei :
“Vou tomar um chá de alecrim!’
Fui ao jardim e lá encontrei um viçoso pé de alecrim.
Interessante é que quase todos que visitam nossos jardins demonstram afeição e respeito pelo alecrim.
Confesso que nunca liguei muito para ele.
Mas, naquele dia, com toda reverência, colhi alguns ramos, preparei um chá e me servi em uma linda xícara.
O aroma era muito agradável e, a cada gole que bebia, senti a mente ir clareando.
Uma sensação de bem-estar e alegria foi se espalhando pelo corpo e senti a sensação de enorme felicidade .
Fiquei muito impressionado com a capacidade dessa planta transmitir alegria.
Aliás, o nome alecrim já lembra alegria.
Resolvi pesquisar a respeito e veja só que maravilha:
O alecrim - Rosmarinos officinalis, planta nativa da região mediterrânea - foi muito apreciada na Idade Média e no Renascimento,
aparecendo em várias fórmulas, inclusive a 'Água da Rainha da Hungria', famosa solu- ção rejuvenescedora.
Elizabeth da Hungria recebeu, aos 72 anos, a receita de um anjo (um monge?) quando estava paralítica e sofria de gota.
Com o uso do preparado, recobrou a saúde, a beleza e a alegria. O rei da Polônia
chegou a pedí-la em casamento!
Madame de Sévigné recomendava água de alecrim contra a tristeza, para recuperar a alegria.
Rudolf Steiner afirmava que o alecrim é, acima de tudo, uma planta calorífera que for- talece o centro vital e age em todo o organismo.
Além disso, equilibra a temperatura do sangue e, através dele, de todo o corpo.
Por isso é recomendado contra anemia, menstruação insuficiente e problemas de irrigação sangüínea.
Também atua no fígado.
E uma melhor irrigação dos órgãos es- timula o metabolismo.
Um ex-viciado em drogas revelou que tivera uma visão divina que o tornou capaz
de livrar-se do vício.
Foi- lhe indicado que tomasse chá de alecrim para regenerar e limpar as células do corpo, pois o alecrim continha todas as cores do arco-íris.
O alecrim é digestivo e sudorífero.
Ajuda a assimilação do açúcar (no diabetes) e é indicado para recompor o sis- tema nervoso após uma longa atividade intelectual.
É recomendado para a queda de ca- belo, caspa, cuidados com a pele, lesões e queimaduras; para curar resfriados e bronquites, para cansaço mental e estafa e,
Ainda, para perda de memória, aumentan- do a capacidade de aprendizado.
Existe uma graciosa lenda a respeito do alecrim:
Quando Maria fugiu para o Egito, levando no colo o menino Jesus, as flores do caminho iam se abrindo à medida que a sa- grada família passava por elas.
O lilás ergueu seus galhos orgulhosos e emplumados, o lírio abriu seu cálice.
O alecrim, sem pétalas nem beleza, entristeceu lamentando não poder agradar o menino.
Cansada, Maria parou à beira do Rio e, enquanta criança dormia, lavou suas roupinhas.
Em seguida, olhou a seu redor, procurando um lugar para estendê-las.
'O lírio quebrará sob o peso, e o lilás é alto demais.
Colocou-as então sobre o alecrim e ele suspirou de alegria, agradeceu de coração a nova oportunidade e as sustentou ao Sol durante toda a manhã.
E não apenas flores te dou em agradecimento, mas todos os galhos que sustentaram as roupas do pequeno Jesus, serão aromáticos.
Eu abençôo folha, caule e flor, que a partir deste instante terão aroma de santidade e emanarão alegria. ...e assim foi !
Jefferson Oliveira
(FONTE: INTERNET)